Diga-me, qual alma de súbita alegria
torna-se a ser dança de ritimo lento
na mais bela melodia, na mistura das cores
na vivência da vida, descoberta de amores.
Em tua pluma florida, em teus vastos tremores
de teu corpo ferido entre guerra de flores
nas palavras ao vento, formato das nuvens
linhas e curvas de revolução sem um grito.
Miram-lhe a fé, prova que se quebra num mito
Buscando-se a paz na alegria de um rito
Cuja vida suscita, cuja alma levita
Leveza profunda da água do mar.
O pulmão que respira vitalmente o ar
Coração e alma formam uma espécie de par
Na dança citada são rei e rainha do baile.
Pra lá, pra cá…marcam seu rítimo
com alegrias e dores que a vida lhe dá.