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É difícil dar um nome original a algo tão clichê, mesmo que esse algo não seja tão comum assim.

Estava eu, certa noite, a olhar as estrelas. Sentada num canto do quintal, com as pernas cruzadas, acomodada e inspirada, resolvi colocar o lápis em ação. Não sei se ficou bom, mas era isso que eu estava pensando sobre elas - as estrelas - naquele momento.

E, a partir de então, a noite de 07/07/09 passou a ser um marco na minha vida. Pode não parecer tão importante assim, mas fez com que algo em mim mudasse… E mudou.

As estrelas.

Belas são, são esteiras

Fazem a forma do meu coração

Tão certeiras

Tão sagazes

São capazes

Mudam o mundo, pés no chão.

Elas o iluminam.

Elas são o brilho mais escondido

O brilho mais obtuso

Do profundo mais confuso

A certeza de um abrigo

Chamado amor.

São escadas

Têm escalas

Não se calam

Elas pousam, são esposas

São o sol.

São mariposas acesas

São da aspereza a leveza

O céu a bailar.

São a festa,

A melodia da seresta

São o fel e o mar.

As estrelas.

Belas são, são faceiras

Fazem formas, fazem fôrmas

São o molde de toda uma nação.

Universo em constelação.

É legal poder compartilhar algumas coisas que penso. Eu, particularmente, amo o céu e tudo o que a natureza tem a oferecer. Que venha o mundo, então.