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Na exata perdi meu poder,

no fogo da ata do pensar,

na alma perdida no humanoriar.

Humano não sou, humano não mais.

Como fogo a mente põe-se a pensar.

Esquece presente e a cor do luar.

Eleva-se em tempo a frente de si.

Esquece daqui, esquece de rir.

Te digo, números quaisquer tem poder

de esquecer-te a mente de um poeta qualquer,

dos dedos jorrar equações e não mais poesia

e a alma que se tinha nunca mais se copia.

Eis que o tempo do relógio aponta outra hora.

Pseudo-humano de exatas aqui estou eu!

Procurando você, procurando a mim.

Não quero suas palavras vazias assim.

Por fim, me vejo de olho fechado

a pensar em tanto o que falar, em tanto.

Me ponho de olho aberto.

O exato em pranto.

O lado humano se põe a cantar

“Vamos dançar num cemitério de automóveis”.

Vamos escrever uma nova canção, ou prosa.

Vista-se de humano e cante comigo.

“Colher as flores que nascerem no asfalto

Vamos todo mundo, tudo que se possa imaginar…”