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Vem, sacia minha sede de ficar louco

desça arranhando dentre minha garganta

que pede por sentir o amargo de teu gosto.

Embriaga me nessa noite, faça-me vomitar meus horrores

a minha ânsia de jogar fora tudo o que tenho dentro de mim.

Falsa sensação de que minha culpa, meus defeitos

foram jogadas para longe junto de tudo o que comi.

Perdi o discernimento do que é certo e o que é errado

sou dono do meu mundo agora, perdi também a culpa

a dor, as lembranças do passado,

graças ao gosto do pecado. E eu peco

em saber, mesmo louco, que amanhã retorno

ao universo da realidade, saio da insanidade.

Mas hoje eu vôo, giro, invento novos passos

na dança desse êxtase, como um orgasmo solitário.

Eu te bebi, eu te bebi, eu…bebi, o que era mesmo?

Não lembrarei nada de hoje, fora a dor de cabeça,

mas saberei com certeza, que a dor sumiu

na embriaguez dessa noite, no teu gosto amargo,

o fel de meu prazer.