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Cruzes formam o desenho pálido do desejo rispido

de ter quem longiquamente está, e vai, e já

não se sabe, não se soube bem ao certo o que dizer.

Eles só querem se entreter. Em ruas vazias.

São as feras da noite.

Caminhadas já não mostram o que deviam mostrar

apenas cansam, esgotam, absorvem a energia

do ser extasiado cheio de sonhos e morte.

Vida e sorte.

Secretamente derramado nas páginas de um livro.

Essas páginas, desse livro!

E a alma apenas caminha, cansada.

Esperando a salvação tão prometida.