O que eu quero é gritar.
Quem eu quero descobrir?
Eu quero mais me divertir,
Quero meus sonhos perlumbrar,
Quero minha alma evoluir
E meus caminhos alcançar.
O que eu espero é o sucesso.
O que eu quis é a solidão.
O que eu quero é o amor
E nunca quero dizer não.
Da minha pele sai rancor
E meu coração a compaixão.
Pois bem, eu luto até morrer,
E nunca faço coitadismo.
Eu não paro de correr,
Não sou feito conformismo.
Pulo pontes e obstáculos,
Nunca caio em um abismo.
Não sou feito só de carne,
Muito pouco só de espírito.
Reconheço o meu charme,
Mas tampouco meu juízo.
Mesmo que a rima desmaie,
Fuja da métrica querida.
Tenho alma, tenho fome,
Tenho sede da minha vida.