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Eu te espero

enquanto você joga comigo,

porque eu te quero.

Se te chamo,

se te amo.

Corre, saudade!

Me dê a vontade

de ser, de ter.

Somos apenas eu

e você,

e você.

E eu

grito, espanto, canto

rimo, choro de desespero.

Fogo faceiro de amor,

balde d’água, rega, pega.

Esfrega minha cara no chão.

Sou teu sim, sou teu pão,

amassa-me e oferte ao diabo.

Teu escravo, te leio

entre as linhas do meu poema vazio.

Seu último suspiro, meu último suspiro.

Te quebro em cacos de vidro,

pego-te em minhas mãos e sangro.

Meu sangue é teu

e essa veia cortada em linha reta

é a prova do meu amor.