Olá, flores que já não vejo mais
me deêm uma lanterna
para que eu volte pra trás
e me encontre novamente.
Hey, luvas que já não me servem
diminuam os anseios de minhas mãos,
que agora procuram algo no que tocar.
Um rosto qualquer.
Porque o “psiu” agora
já não vem acompanhado
de um “eu te amo”.
Porque o céu demora
para escurecer outro dia,
pois por milhões de anos
não era assim…
Espere dor!
Até você vai embora e me deixa aqui?
Por que não fica e espera um pouco mais?
Talvez eu precise de algo pra sentir.
Escute amor, a ligação já está caindo
e a muito tempo não te vejo sorrindo.
Por que houve você de ir tão longe assim?
Venha mais para perto de mim.
E no balanço da rede,
cabelo contra o vento,
relembrando velhos momentos.
O homem já cansado,
procura um cobertor
e um bom motivo pra sorrir.
Já que tudo não está mais aqui.
Hey vida, me ensine a viver,
pois não quero sofrer…
Mas quero sentir uma pontada que seja
sem precisar de um copo na mesa.
A palavra na última folha de um caderno qualquer,
“Te amo e te quero, pro que der e vier”.
E mesmo que essa folha esteja suja e amassada
vou saber que parei de sentir quase nada.