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Não diga que não vale a pena se você não puder acreditar

apenas deixe se levar por águas marinhas sem direção

deixe acreditar que não há dor no coração (e que há fé)

em alma tão cortada pela faca do desprazer.

Não deixe se levar mais, ou deixe de ser quem tu és

porque se no verso não há mais coesão, a mente é confusa

até a dor de pálpebra insegura, dá voltas e voltas

mas não sai do lugar.

E que lugar? Qual arma hei de usar, qual escolha tenho?

não me faço sereno nem calmo, e mesmo parecendo

sou um turbilhão de pensamentos, de coisas desnecessárias

necessárias ou não ao meu mundo sem sentido.

E tu, se faz de amiga? Ah…tu és, tu és sim amiga

talvez a mais querida das que tenho, como direi…

se me dizes para tentar e não ter o passado como presente

tente também, pois só assim saberá como teria de ser.

Na melodia encontro meu prazer, em letras…em poesia

dia após dia querendo apenas viver, e ter…prazer

como há de ser minha mentalidade sobre a vida

não há papel, não há trabalho (mesmo digno)

que traga em bandeja a felicidade.

Caminhando sigo, a passos largos e lentos

porque não preciso ter pressa, certo?

deixo apenas passar, seguir…ir enfim ao fim

me dê tua poesia, me dê tua inspiração

me dê teu carisma, me dê tua mão

tente apenas deixar seguir, deixar sentir (ou não)

o pulsar, o querer ser um tanto bem maior

e magicamente sinta a liberdade em veias correr.

como d’água fonte a jorrar.