Será, que por um acaso qualquer de desencontros da multidão
uma luz, um raio, pedidos de música em um bar qualquer.
Posso botar-me de pé, cantar, dançar, ser quem realmente sou
e após me libertar dormir em paz, sem medo e sem culpa?
Ou todo esse peso ainda há de me seguir,não importa o que eu faça?
Pois meu ápice de felicidade deu-se num romance errante.
Um livro de páginas erradas, com marcadores incertos
dúvida cega, dor mais do que perfeita, como o tempo de meu passado
do qual nada sobrou, transformara a lágrima em rosto seco.
Sem dúvidas, não há caminhos no desespero, mas há a ilusão
de que tudo o que faço já não adianta mais, deitei no sofá.
Queria apenas gritar, soltar minha voz ao som de um piano
em uma música que me faça chorar. Mas não quero ser julgado
por minhas escolhas ou mesmo pelo meu passado condenado.
Que passou.