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O sol que iluminava os dias daquela alegria

Já não se encontra presente nessa noite escura e fria

Onde caminham ao vento almas sem fé e vazias

A passos longos, ríspidos e sem vida.

Sozinho no escuro o homem se vê

Desejando que o dia se acabe, que o mundo se acabe

Ou ao menos seu mundo, em que ele vive e crê

Não haver mais saídas para libertar sua mente.

Neste mundo todos estão sozinhos, não existem companhias

Uma alma é ela por si só, de momentâneas alegrias

O amor e a paixão são apenas sonhos, sem perspectiva

De carinho, um beijo, uma outra alma curar sua ferida.

Anestesia, não se lamenta mais, não se chora

Não ouve-se soluços desesperados no fim da noite

Transfere-se toda a esperança num mar de conformismo e realidade.

Como água limpa e cristalina de um riacho

Desaguando em um rio poluído e infeliz.

Mas é assim que se vive a vida.